sábado, 2 de abril de 2011

Franciscos

O primeiro era grande, forte e rude em sua aparência, porém o mais gentil dos homens. Com ele era possível discutir sobre os astros, sobre política, sobre filosofia, música, era possível dançar, olhar o por do sol ou simplesmente fazer nada. Gosto de lembrar de sua risada contida, seu jeito engraçado de contar piadas sem graça, seu descontrole diante de um doce, seu senso de justiça, honestidade e respeito ao próximo. Seu entusiasmo de criança por coisas simples contaminaram minha alma e me transformaram numa pessoa melhor. Com ele aprendi a ter calma, a andar sem pressa, observar as flores, sentir o cheiro da chuva, a beijar lentamente, sentir a pele do outro, amar e saborear o amor com naturalidade como o acordar e o dormir. As horas eram minutos ao seu lado, sua partida foi dolorida, deixou na memória as alegrias das tardes de domingo.

O segundo é personae non gratae, mas tenho que admitir que ele me deixou uma das minhas maiores alegrias, meu anjo Miguel.

O terceiro não tenho muito o que dizer, nós mau nos conhecemos, ele nem suspeita que sua cantada sem compromisso me fez perceber o que desejo para mim. Num momento de incerteza um convite não aceito me trouxe de volta a pessoa que sou.

Três homens
                    Três possíveis amores
                                                     Três encontros 
                                                                            Três despedidas
                                                                                                   Três Franciscos!


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