Nestas voltas da vida tive a
oportunidade de encontrar com uma colega de trabalho em três momentos bem
distintos e distante um do outro ( este é lado bom de estar com mais idade)
No primeiro nós duas
estávamos casadas e tínhamos filhos pequenos, meu casamento estava agonizando e
ela apaixonada sempre se referindo ao marido com expressões carinhosas
relatando gestos de carinho que tinham frequentemente.
No segundo momento eu estava
separada, trabalhando freneticamente para sustentar meus filhos sozinha,
tentando me apegar a qualquer sinal de amor nos casais, para poder acreditar
que finais felizes existiam e eu que não tido sorte. Ela com o olhar um tanto
tristonho, ainda casada, porém sem brilho, se referia ao marido como o “outro
lá em casa. Depois
de pensar muito, passei um óleo de peroba na cara e perguntei sobre a mudança,
ela pensou um pouco me respondeu: “Nossa, nem me lembrava mais disso!” No
terceiro novamente estávamos casadas, eu no segundo casamento, ela com o mesmo
marido, apesar dela não se referir a ele com todas as expressões apaixonadas de
antes tinha o olhar feliz e era
perceptível o amor, o respeito e a
dedicação de um para com o outro.
A convivência com casais hipócritas
e os traumas do meu casamento me fizeram acreditar que amor verdadeiro entre
homens e mulheres não existia, relacionamento era uma questão circunstancial e
superficial. No entanto quando me encontro com estes raros casais que há anos
estão juntos, que souberam resgatar os sentimentos apesar das atribulações que
às vezes acontecem, sou contagiada pela crença no amor que a tudo resiste, no
amor que faz duas pessoas viverem buscando o bem estar mutuo, que se respeitam
e se admiram. Talvez eu esteja com um olhar romântico ou sonhador, mas quero
acreditar que um dia eu também terei meu final feliz assim como nos contos de
fadas. Ainda busco o meu lived happily ever after