domingo, 1 de outubro de 2023

Roda da Fortuna

 A vida é com certeza uma grande roda, cheia de altos e baixos. as vezes mesmo quando achamos que estamos seguindo em frente, nos vemos nas mesmas armadilhas, e só resta a pergunta: o que fazer agora?

Se deixar levar pelas acontecimentos e nos servir da bandeja do destino ou deixar passar uma oportunidade.

Um dos sintomas da velhice é a preguiça de se apaixonar, a preguiça de viver uma emoção, um romance de novela com muito suspense e drama, pensamos que isso é coisa de jovem inconsequente.

Mas será que a idade nos obriga a viver uma vida sem gosto, sem cheiro, uma vida norma. Ou será que os calos e cicatrizes que levam nosso desejo de emoção embora, acabam com a Vida em nossa vida?

São tantas perguntas sem respostas, as vezes ainda me sinto uma adolescente tonta e sem saber o que fazer, será que nunca crescemos, será que o viver é um eterno aprender a andar? 

As vezes sinto que nada sei, que nada aprendi, que sempre me vejo com a resposta errada, com fala errada, com o ato errado, mas novamente me pergunto o que é o certo? 

Quem definiu o que é certo e errado, quem definiu qual é lado de cima desta roda que nunca para de girar e de me tontear.  Viver ou viver apenas é uma decisão dificil quando ainda não sei o que vivo e Vivo. Quando ainda não sei como cumprir o que vim fazer aqui. 


segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Aqui e Agora


Hoje procurando uma foto para fazer um flyer, me dei conta de como a vida é cheia de felicidade, que fez lembrar do livro do Mario Sergio Cortela que ganhei e terminei a leitura com muito custo, pois não gostei da concepção dele de felicidade, talvez me falte algo para entender. 
No entanto o subtítulo impresso na capa me provocou muito, nele tinha a pergunta "Se você não existisse que falta faria?"
Isso ficou por uns dias na minha mente e ainda busco uma resposta, se é que existe uma. Em outros tempo responderia "falta nenhuma", mas hoje vejo a relevância da minha existência. Me sinto parte. Do que? Ainda não sei... 
Mas sei que sou importante, me sinto importante. A cada dia percebo que viver é algo grandioso e simples ao mesmo tempo. Simples ao ver o sol se por, o sorriso das crianças que alfabetizo na escola, simples no abraço dos amigos, nas risadas gostosas com meus filhos, simples ao acordar de manhã e ver pela minha janela o sol lentamente tocando os tetos das casas uma a uma, com uma sutileza que só a natureza pode ter, lentamente mudando a cor do dia. Simples ao dançar com minhas alunas e ouvir o som gostoso da euforia de final de aula, as despedidas barulhentas aos som de até a próxima.
Sou importante porque hoje eu vejo o quanto aprendi e quanto ainda não sei.
Vejo o que não consigo compreender e aceito que ainda não é o seu tempo.
Percebo o quanto eu cresci, mas o quanto de criança existe em mim. Quantos medos deixei de sentir e quantas certezas deixei de ter.
Me dou o privilégio de saber que não sei nada, mas estou disposta a aprender. De sentir cada dia um novo e espetacular dia cheio de vida, cheio de alegria, cheio de movimento, de música e dança.
Sou importante e feliz pelo simples fato de estar aqui. Agora. Talvez eu não faça falta a ninguém, mas com certeza faria falta para mim. 
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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Rivotril IV - Os Anjos da Minha Vida

                    








                                 "memórias não são só memórias, são fantasmas que me sopram aos ouvidos coisas que eu nem quero saber"  Pitty



... nem gosto desta musica, mas ela diz o que acontece em minha mente, lembranças surgem do nada...algumas são boas...

Eu estava fazendo uma pós graduação na mesma faculdade que minha irmã fazia sua graduação. Ela me acompanhava todos os dias até a porta da minha sala de aula que ficava no 6º andar do prédio do outro lado da rua de onde ela estudava. Subíamos pela enorme rampa de acesso, pois em hipótese alguma eu entrava num elevador.
E era assim todas as terças e quintas íamos conversando e rindo como duas amigas universitárias. Estar ao lado dela era o melhor momento do meu dia. Mas aconteceu que uma vez estávamos um tanto atrasadas e ela tinha prova na primeira aula. No pé da rampa se virou para mim e gentilmente falou  "tenho prova agora", sorri e disse "vai lá, eu vou sozinha", "tem certeza", "sim, eu estou bem, vai logo". Me abraçou e saiu rápido.  Olhei pra a rampa e pensei, eu vou... e fui... comecei a andar firme, como se aquilo realmente fosse algo natural, mas aos poucos meu coração começou a acelerar, comecei a tremer e tudo foi se transformando, a rampa crescia a minha frente, o chão ondulava, as paredes distantes vibravam, o ar não entrava em meu peito, tive vontade de correr e gritar  e pensava segue Priscila você consegue, e fui subindo, subindo, cada vez mais rápido, mas a rampa não acabava, de repente não sabia mais pra onde ir, para que lado seguir, não sabia se subia ou descia, nem em que andar eu ia, comecei a olhar para os lados procurando alguém ou alguma coisa que pudesse me ajudar. E como num sonho eu estava num corredor cheio de gente, rindo, falando alto e tudo aquilo rodava em minha mente, como se eu estive num furacão de vozes e imagens ininteligíveis. Foi quando avistei o bedel, fui até ele e falei, "por favor você pode me ajudar, eu não sei onde é minha sala", "qual o seu curso", "Não sei", " o seu nome", "Desculpe...Não sei...". Lembro da expressão dele, suspirou fundo, deu pra ouvir seus pensamentos "que saco!". Neste momento um outro que eu não havia visto até então, falou "Eu sei de onde ela é,  é lá de cima da Pós", e me pegou pelo braço e me levou em direção ao elevador, parei e falei "Podemos ir pela rampa", ele respondeu "Claro, como quiser". Me senti segura, com muita vergonha, mas segura. Por todo percurso segurei seu braço, caminhamos em total silêncio, em alguns momentos eu não conseguia controlar os suspiros de alivio, após um destes me perguntou "está bem, quer ir até a enfermaria?", "Não, agora estou bem" e continuamos em silêncio, penso hoje no que se passava na mente dele. Parecia que nunca tinha visto aquele lugar, ao chegarmos à porta de uma sala fez um sinal para alguém lá dentro e um rapaz veio, quando o vi tudo voltou a minha mente, era o Daniel meu colega de classe, "ela estava perdida no primeiro andar", se cumprimentaram, Daniel agradeceu me olhou e eu o abracei, o abraço mais sincero e feliz que alguém pode dar, estava muito feliz em vê-lo. Os outros vieram também, Paula, Anderson e Erlon, não me perguntaram nada, mas os olhares carinhosos e a atenção de todos falaram por si. Anjos maravilhosos que me ajudaram por um ano é meio e que depois nunca mais vi.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Caminhante

“Caminhante não há caminho,
se faz caminho ao andar”…

Golpe a golpe, verso a verso… (Antonio Machado)


Sempre me pergunto... quem sou eu?
As vezes olho para traz e lembro do meu pai, um homem tão bonito... por dentro e por fora. Deixou tantas saudades...
Muito dele existe em mim, a teimosia, a vontade de fazer e fazer sempre.
Uma inquietude sem fim, a busca pelas repostas que são inexistentes.

Quem sou eu?

Mulher
Professora
Bailarina
Empresária
Mãe
Tia
Namorada

Quem sou eu?

Cada dia me desconheço, na busca de quem sou.
Cada dia me encontro no medo de não viver, esta vida é tão rápida! tenho medo de não dar tempo de cumprir minhas pretensões.

Quem sou eu?

Uma caminhante que quer correr...

domingo, 9 de abril de 2017

Desejo


Uma vez um amigo me disse que a dor e a tristeza são as melhores fontes de inspiração, hoje eu colocaria nesta lista o desejo.
O desejo não realizado é a união da dor e da tristeza.
O desejo não realizado atordoa os pensamentos.
O desejo escondido corrompe os corações.
O desejo proibido machuca a alma.
Desejo você enlouquecidamente!
Desejo seus olhos.
Desejo seus sorriso.
Desejo sua fala doce.
Desejo sua meiguice.
Desejo a suavidade de seu toque gentil.
Desejo sua voz em meus ouvidos.
Desejo sua pele úmida.
Desejo sua força e sua fome.
Minha mente te busca.
Meu corpo te pede.
Como uma bêbada oscilo entre a razão e a emoção.
Me perco no tempo, 
E me encontro na dor de não te ter.














domingo, 19 de junho de 2016

Quem sou eu? Priscila bailarina!

Priscila Genaro
Quando eu era criança adorava me esconder, ficar longe de todos, em silencio. As vezes subia em cima da casa e ficava olhando aquele mar de telhados e os terrenos baldios com seus diversos tons de verde que e as vezes ficavam mesclados de marrom dependendo da época do ano. Nestes terrenos grupos de meninos brincavam de pipa e de bola, de longe suas vozes distantes se misturavam com ao som dos pássaros, das cigarras, do trem que passava um pouco mais distante, as vezes o som de um rádio ligado e de um ou outro carro que passava na rua compunham uma musica melodiosa e preguiçosa.
Eu ali deitada no telhado quente as vezes me imaginava voando... dançando entre as nuvens, indo além de onde meus olhos alcançavam...
Hoje meu refugio é minha dança, danço como se eu voasse sobre todas a tormentas, danço sobre todas as dores, sobre todas a magoas, sobre todas as tristezas, sobre todos os sentimentos bons e ruins. Danço e danço...
Quando a musica acaba me sinto renovada, pronta para enfrentar a labuta, como se estivesse acabado de acordar de um delicioso sonho... Pronta pra sonhar de novo.

sábado, 7 de maio de 2016

Eu sou uma deliciosa!

Uma vez fui convidada para uma festa onde conhecia poucas pessoas.
Eu estava vestindo um vestido azul frente unica novo, tinha arrumado o cabelo estava naqueles momentos diva... Estava tão Diva que eu não me lembro de ninguém da festa além das pessoas que estavam comigo, só olhava para mim mesma.
Tudo estava tranquilo até decidirmos ir ao banheiro. Eu e minha irmã saímos andando conversando tranquilamente divando por entre as mesas e escutei "Branquela desbotada metida". Estava tão cheia de mim mesma que ri e respondi "Nossa me acho tão moreninha" . Neste momento uma mulher se levantou e veio na minha direção como um boi em disparada, minha reação foi imediata abracei minha irmã igual uma criança que corre para o colo da mãe. A mulher surpreendentemente me agarrou e mordeu minhas costas com tanta vontade que só largou quando minha irmã deu uma chave de braço em seu pescoço e a jogou entre as mesas. Nessa hora pensei, é tão bom ter uma pessoa com noções de defesa pessoal por perto.
Eu estava estarrecida, atordoada, nossos amigos se aproximaram, todos aturdidos. Minhas costas sangrando...a mulher havia comido a minha verruga...desde de criança eu tinha uma verruga nas lateral direita das costas e agora não tinha mais. Uma plastica rápida, quase indolor e gratuita.
Fomos embora... imaginando o mulher sorrindo com minha verruga entre os dentes...
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