
Outro que marcou minha escolarização foi o professor Rock, homem alto, gordo com sua voz forte, seu jeito despojado e eloquente, rígido no seu trabalho, mas muito bem humorado. Contava os fatos históricos como se os tivesse vivido pessoalmente. Eu podia ver as cenas das batalhas, dos discursos, as imagens dos reinados e impérios através de suas palavras. Até hoje ele é meu exemplo de professor, de homem e ser humano.
Com estas e outras imagens de tantos professores especiais que tive entrei no magistério. Sonhava em trabalhar com intelectuais, homens e mulheres ávidos pelo conhecimento, por propagar as ciências, preocupados com a paz mundial, os direitos humanos, conhecedores das artes e filosofia.
As vezes ainda quero acreditar que professores são especiais, que podem fazer a diferença nesta sociedade de seres empobrecidos. Quero acreditar que assim como vários professores que me abriram as portas de um mundo que não conhecia, eu posso acender a luz do conhecimento para estas crianças que passam por mim... Todas elas? Talvez sim, talvez não, mas se num deslumbre eu perceber o brilho da sede eterna da busca do saber em algum deles, mesma que seja em uma unica criança, eu ficarei satisfeita com esta empreita.
Obs: este texto foi desenvolvido em horário coletivo, como proposta do PEA ( Projetos Especiais de Ação) na escola em que trabalho. Momento em que cada professor relatou sua trajetória e aspirações na educação.
Bela história Priscila, o seu professor era um contador de história, fazia vc viajar e imaginar pelas palavras. Relatar a infância é fortalecer os sentimentos do adulto. abraços.
ResponderExcluirObrigada Godoy, Cada relato que coloco aqui neste blog é também um momento de reflexão sobre quem estou sendo neste momento. Um grande abraço amigo!
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