sexta-feira, 18 de março de 2011

Memórias Acadêmicas

Na doce infância cor de rosa, fazemos coisas sem entender o porquê ou para que, apenas fazemos, não entendemos os propósitos do adulto, apenas vivemos as sensações, os aromas, os sons, as cores que vão ficando gravados em nossa mente.



Assim me lembro da minha infância, uma mistura de sensações e sentimentos.
O que me aguardava no futuro? Não importava... apenas vivia.



Quantas pessoas passaram em minha vida? Quantas me deixaram e quantas eu deixei pelo caminho? Quantas mudanças... Doces... Amargas... 
Quantas lembranças...


Da primeira professora com sua mão macia e seu olhar severo,ao compartilhar com os colegas os bancos acadêmicos.
Quanto do que era quando cheguei ainda resta nesta mistura que me tornei?
Já fui aluna, professora, bailarina, fada, princesa, mãe, esposa, já sorri, já chorei e hoje quem sou?







Lembro de rostos que passaram em minha vida, muitos colegas, amigos, alunos e professores a cada dia mais rostos ficam para trás, alguns ficam no sentimento outros apenas nas fotos.





Voltarei a vê-los? Não sei .
Sei apenas que não sou a mesma, que cada dia troco de pele, acrescento um ponto, uma vírgula, um capítulo em minha história.
Das coisas que fazia sem entender, muitas eu entendo agora, outras eu ainda apenas vivo.





Gostaria que as letras tivessem o poder de transmitir som, aromas e sentimentos, desta forma eu poderia realmente expor as minhas memórias, a sensação dos abraços que recebi, as frases que ouvi,o cheiro da cama da minha mãe, o olhar orgulho do meu pai,a magia dos almoços de domingo, os sorrisos dos meus alunos, o primeiro choro dos meus filhos, os aplausos, os beijos apaixonados, as músicas que me fazem chorar e sorrir, tudo que ensinei e aprendi. Todas as sensações que me fizeram ser quem estou sendo e me fazem pensar em quem serei...








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