domingo, 15 de maio de 2011

Era uma vez...

m um reino muito, muito distante na Zona Leste de São Paulo, morava uma familia muito alegre e feliz. Marido,  esposa e seus três filhos duas meninas e um menino, viviam de forma muito simples, mas nada lhes faltava. O homem era forte trabalhador dedicado a familia adorado por todos que o conheciam pela sua alegria e bondade, estava sempre disposto a ajudar quem precisasse, a mulher com muito carinho e atenção passava o dia cuidando da casa e dos filhos, que por sua vez eram elogiados por todos que os conheciam devido a educação e grande beleza.



Tudo estava em perfeita harmonia, até que um dia passando pelas redondezas um velho e horroroso duende muito malvado e invejoso, com seu coração de pedra, incapaz de amar qualquer coisa por mais boa que ela fosse, ficou indignado ao ver a felicidade e simplicidade daquela familia, não entendia como poderiam ser tão felizes morando num lugar tão distante com toda aquela simplicidade. Assim resolveu ficar por ali esperando uma oportunidade de atrapalhar e acabar com a felicidade daquele lar. Se escondeu num terreno baldio e ficou esperando uma chance de entrar na casa, pois estes seres só entram quando as pessoas permitem mesmo que sem querer.


Se passaram vários dias e nada de uma chance aparecer, até que um dia o marido vindo do servido foi convidado por amigo para participar de uma partida de bilhar, ele queria muito ir para casa encontrar seus filhos, sua esposa e descansar, negou o convite mas o amigo insistiu muito então resolveu ir, afinal ele merecia uma distração de vez em quando, porém acabou se distraindo muito e demorou a voltar para casa. Ao chegar em casa a esposa estava furiosa, pois ela o estava esperando para o jantar e começam uma briga cada um justificando seus motivos. Por causa da briga esqueceram a porta  aperta e o duende mais que depressa entrou na casa e se alojou debaixo da escada que dava para o lado de cima da casa. o casal nem percebeu o intruso, depois de muito discutir resolveram fazer as pazes o marido pediu desculpas e a mulher o entendeu, foram dormir abraçados com muito amor  e tranqüilidade. 


Mas logo na manhã seguinte toda vez que a mulher passava pela escada o duende que tinha ouvido tudo falava para a mulher de forma que ela pensasse que a voz do duende era seus próprios pensamentos - Você vai perdoá-lo assim tão fácil? Você ficou horas esperando, ele nem se importou com você! Ele não te ama, deve ter outra! A mulher passou o dia ouvindo estas palavras e quando o marido chegou ela estava de cara feia, mal humorada, o marido não entendeu, mas deixou pra lá e ficou calado, jantou e foi dormir mais cedo.


No dia seguinte, novamente toda vez que a mulher passava pela escada o duende falava- Viu como ele não te ama, nem perguntou o que você tinha, esse marido não vale nada! Não te merece!- A mulher ficou tão aborrecida com o que ouviu o dia inteiro que nem falou com seus filhos naquele dia, quando um deles se aproximava mandava-o sair, ir brincar. A noite serviu o jantar mais cedo para os filhos, jantou e foi deitar antes que o marido chegasse.


Os dias se passaram assim, o duende falando mentiras horríveis do marido e a mulher cada vez mais aborrecida, o marido não entendia nada, mas não tinha tempo de perguntar atarefado com o trabalho que lhe tomava todo o tempo. Quando chegou o final de semana a mulher não suportava mais olhar para a cara do marido e foi visitar sua mãe com os filhos. O marido até que gostou da idéia, pois já fazia um tempo que desejava ficar um pouco sozinho para relaxar. O duende festejou era a vez dele atormentar o marido, e foi o que fez, toda vez que o marido passava pela escada ela falava - Será que sua esposa foi mesmo para casa da mãe, onde será que ela está realmente, as mulheres são ardilosas, cuidado! Você está sendo enganado! Ela nem te espera mais para jantar, deve estar jantando com outro! - A tarde o marido já estava louco, já via a mulher com outro homem, pegou o telefone e ligou para a casa da sogra, mas foi informado que sua esposa tinha indo com seus filhos e sobrinhos a padaria comprar sorvete pois a tarde estava muito quente. O homem desligou o telefone e ouviu: - Viu, ela não estava e sua sogra a está ajudando! Claro, ela nunca gostou de você mesmo!


 A noite a mulher voltou para casa relaxada e com saudade do marido, mas o encontrou enfurecido, louco querendo saber onde ela tinha passado o dia, não adiantava a mulher dizer na casa da mãe, ele não acreditava. Brigaram e brigaram muito e por muitos e muitos dias, aborrecidos não conversavam com os filhos que começara a se sentir sozinhos e a brigarem entre si. Logo a casa que era só alegria virou um lugar de tristeza e rancor, parecia que até o sol não entrava mais pelas janelas e o lugar ficou escuro e sombrio. Quanto mais a familia se desentendia mais feliz o duende ficava.


A tristeza em toda aquela familia foi tão grande que o marido adoeceu, ficou de cama, as brigas pararam, mas infelizmente e a alegria não voltou pois só se ouvia os gemidos de dor do pobre homem, os filhos choravam cada em seu canto, escondidos cada com sua própria angustia. Os amigos se afastaram e ninguém mais elogiava aquela familia que se transformou numa pobre familia sofrida.


Um dia a filha mais nova perdeu sua boneca, a unica coisa que a alegrava naqueles tempos tão horríveis, sua tristeza foi tão grande que começou a adoecer também, porém desta vez a mãe falou não vou deixar minha filha sofrer, chamou os outros e pediu que todos procurassem a boneca da irmã, imediatamente todos comeram a procurar por todos os cantos da casa, até o pai mesmo muito fraco ajudou como pode, ate´que encontraram a boneca escondida num canto bem escuro debaixo da escada, a alegria tomou conta de todos por terem feito algo juntos depois de muito tempo isolados e deprimidos. Se abraçaram e se beijaram e neste momento o duende começou novamente a falar procurando gerar a intriga, mas o som das risadas e das conversas alegres eram tão intensas que ninguém ouvia a voz do duende, que foi ficando sem poder e fugiu  pois nada poderia ir contra aquele amor tão grande e verdadeiro que voltou a reinar.




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