sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Herança de familia

As vezes em dias de chuva fico lembrando de quando era criança, nestes dias deitávamos na cama da minha mãe e ela  nos contava trechos de sua infância: as brincadeiras com as amigas, as bonecas de papelão, os desejos inocentes, os medos e com olhar de saudade falava como era sua vida com meus avós, tios e tias.
Tanto eu como minha mãe passamos a infância e a juventude nas mesmas ruas. Era muito interessante ouvi-la contar das brincadeiras que fazia nas ruas de terra que eu também brincava, das casas com luz de lamparina, dos sítios que existiam em sua época, da escola de madeira, dos vizinhos; alguns eu até cheguei a conhecer.
Interessante como num piscar de olhos trocamos de lugar. Hoje, sou eu que lembro da minha infância, sou eu que conto sobre as brindeiras nos terrenos baldios que outrora eram os tais sítios. Assim como minha mãe, lembro dos vizinhos engraçados que se foram, da escola que não era mais de madeira, mas que também passei por lá e que agora também já está bem diferente. Sou eu que falo sobre meus pais e meus irmãos com os mesmos olhos saudosos.
Hoje, eu sou a mãe...amando...lembrando...acalentando...sonhando...contando... enquanto também espero a chuva passar!

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